segunda-feira, 7 de maio de 2007

Declínio do Gelo Ártico: Mais Rápido do Que Previsto?

De 1953 a 2006, a extensão do gelo ártico ao final do período de degelo em setembro tem declinado fortemente. Apesar de todos os modelos utilizados na elaboração do Quarto Relatório (AR4) do IPCC mostrarem um declínio do gelo ártico, nenhum deles reproduz o padrão observado na natureza. Partindo da hipótese que a média de todas as simulações fornece uma representação a curada das mudanças climáticas induzidas pela natureza e pelo homem no Ártico, Stroeve e colaboradores sugerem, na edição de 01 de maio de 2007 da revista Geophysical Research Letters (GRL), que de 33 a 38% do padrão observado em setembro é causado pelas emissões antrópicas de gases de efeito estufa. Se apenas os últimos 27 anos forem levados em conta, esta estimativa se eleva para 47 a 57%. Considerando que de um modo geral todos os modelos ainda subestimam a perda de gelo, os autores acreditam que o Ártico deverá estar totalmente livre de gelo bem antes das previsões do IPCC, que vão de 2050 a bem depois de 2100.

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