Em artigo publicado na Nature em janeiro de 2006, Keppler et al. do Max Planck sugerem que as plantas seriam capazes de emitir metano para a atmosfera. O metano seria supostamente formado por processos aeróbicos e as estimativas globais de emissão seriam da ordem de 62–236 Tg CH4/ano, equivalente às emissões naturais (Wuebbles e Hayhoe, 2002).
No entanto, acaba de ser divulgado um artigo na revista New Phytologist, assinado por Dueck et al. (2007), mostrando que não há qualquer evidencia de emissão aeróbica e tudo se tratava muito possivelmente de um artifício do método empregado pelo grupo do Max Planck. O problema deve estar na ocorrência de difusão simples de CH4 do intersticio celular das plantas para o exterior. Em primeiro lugar, porque os fluxos medidos por Keppler et al. eram muito pequenos, da ordem de nanogramas, e aumentavam linearmente com a temperatura. Em segundo lugar, as plantas eram mantidas em equilíbrio com a atmosfera, que apresenta cerca de 2 ppm de CH4, e em seguida submetidas a uma atmosfera desprovida de CH4, originando assim um (gradiente) processo de difusao do interior da planta para fora dela, proporcional a temperatura.
Com isso, a comunidade científica, desconcertada com o trabalho da Nature, agora tem fortes evidências de que as plantas são na verdade benéficas e ajudam a combater o efeito estufa através da remoção de CO2 da atmosfera, somente.
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