terça-feira, 8 de maio de 2007

Emissão de Metano por Plantas em Xeque

Em artigo publicado na Nature em janeiro de 2006, Keppler et al. do Max Planck sugerem que as plantas seriam capazes de emitir metano para a atmosfera. O metano seria supostamente formado por processos aeróbicos e as estimativas globais de emissão seriam da ordem de 62–236 Tg CH4/ano, equivalente às emissões naturais (Wuebbles e Hayhoe, 2002).

No entanto, acaba de ser divulgado um artigo na revista New Phytologist, assinado por Dueck et al. (2007), mostrando que não há qualquer evidencia de emissão aeróbica e tudo se tratava muito possivelmente de um artifício do método empregado pelo grupo do Max Planck. O problema deve estar na ocorrência de difusão simples de CH4 do intersticio celular das plantas para o exterior. Em primeiro lugar, porque os fluxos medidos por Keppler et al. eram muito pequenos, da ordem de nanogramas, e aumentavam linearmente com a temperatura. Em segundo lugar, as plantas eram mantidas em equilíbrio com a atmosfera, que apresenta cerca de 2 ppm de CH4, e em seguida submetidas a uma atmosfera desprovida de CH4, originando assim um (gradiente) processo de difusao do interior da planta para fora dela, proporcional a temperatura.

Com isso, a comunidade científica, desconcertada com o trabalho da Nature, agora tem fortes evidências de que as plantas são na verdade benéficas e ajudam a combater o efeito estufa através da remoção de CO2 da atmosfera, somente.

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