Sul-americanos e milhões do hemisfério oeste estão sendo beneficiados pela reposição do satélite GOES-10 da NOAA designado para auxiliar a diminuição dos efeitos de desastres naturais na região. Foi recentemente anunciado o sucesso no lançamento do satélite já em órbita.
Imagem do satélite da NOAA GOES-10 para o monitoramento da América do Sul. (Crédito: NOAA)
"O reposicionamento do GOES-10 fornece vigília constante sobre as condições atmosféricas que disparam situações de tempo severas, e estou satisfeito que os Estados Unidos podem fortalecer a qualidade e a quantidade de dados disponíveis aos nossos parceiros da América Latina," afirmou o Vice-Almirante da reserva da Marinha Americana Dr. Conrad C. Lautenbacher, subsecretário de comércio para os oceanos e atmosfera da administração da NOAA.
A mudança do GOES-10 é parte do emergente GEOSS nas Américas, uma iniciativa do Hemisfério Oeste designada p-ara avançar os Sistemas de Sistemas de Observação Global da Terra, ou GEOSS (sigla em inglês). Através dessa empreitada, a NOAA explora parcerias com países e organizações científicas nas Américas e no Caribe para compartilhar observações da Terra e desenvolver e fortalecer redes de dados. Nações do Hemisfério Oeste irão trabalhar juntas para assegurar que os dados do satélite sejam disseminados e treinamento será disponível para tornar o uso completo dessa nova informação.
"O satélite está funcionando bem e pronto para a estação de furacões," disse o Dr. Gilberto Câmara, Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no Brasil. "No passado, a cobertura tinha que ser interrompida durante furacões e outros eventos de tempo severos nos Estados Unidos. Agora os sul-americanos irão dispor de uma cobertura contínua do satélite. Não seremos mais deixados no escuro."
Os satélites GOES da NOAA orbitam o Equador da Terra a uma velocidade que equivale à da rotação do planeta, permitindo a eles manterem-se suspensos numa mesma posição. Eles fornecem aos cientistas medições do tempo detalhadas e imageamento freqüente usados para desenvolver previsões de curto-prazo que ajudam a proteger a vida e o suporte à vida. Na América do Sul, a nova cobertura do satélite já tem mostrado impactos. No dia 8 de março, por exemplo, a Argentina conseguir traçar o desenvolvimento de baixa pressão e então precisamente anunciar um alerta de fortes chuvas que ajudaram a salvar várias vidas em Buenos Aires e outras áreas densamente povoadas. A nova cobertura também tem contribuído para otimizar a detecção de incêndios na floresta amazônica no oeste do Brazil.
Além disso, o GOES-10 está fornecendo à América do Sul imagens do sistema da atmosfera duas vezes mais freqüente que antes. A América do Sul agora recebe coberturas ainda mais ao sul, mais próximas do Pólo Sul, com imagens a cada 15 minutos. A História tem provado que há uma necessidade vital para o melhoramento de avisos que essa informação adicional deverá fornecer. Durante os anos da década de 90 no século passado na América do Sul, os desastres naturais causaram aproximadamente 70 mil mortes, e mais da metade ocorreram por inundações. Tempestades, ciclones, furacões e deslizamentos de terra causaram outros 20% das mortes. Em Maio de 2003, a maior inundação em 500 anos atingiu a região norte-central da Argentina, refugiando mais de 100 mil pessoas e causando prejuízos de 1 bilhão de dólares.
No Hemisfério oeste, nove países estão trabalhando com parceiros globais para consolidar o GEOSS, incluindo Argentina, Brasil, Belize, Canadá, Chile, Honduras, México, Paraguai and os Estados Unidos. Mais países deverão integrar a parceria no fim do ano. Nos Estados Unidos, 15 agências federais e três secretarias da Casa Branca estão engajados no desenvolvimento da componente americana do GEOSS. O objetivo da integração de sistema dos sistemas é fornecer obervações da Terra compreensíveis, coordenadas e sustentadas de milhares de instrumentos ao redor do mundo, transformando os dados adquiridos em uma gama de benefícios sociais que estendem à saúde pública, energia, agricultura, clima e previsão de tempo, entre outros.
Nota: Esta história foi adaptada de uma notícia da National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA). Adaptado de Science Daily.
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