sexta-feira, 13 de abril de 2007

O Relatório do IPCC: A Mudança do Clima Deve Ser Muito Forte na América Latina E no Caribe

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) finalizou sua avaliação do presente e dos futuros impactos da mudança do clima, e concluí que rios, lagos, fauna, geleiras, zonas litorais e muitos outros elementos do ambiente físico natural em todo o mundo mostram os efeitos distinguíveis de aquecimento global causado pelo ser humano.

A respeito da América Latina (AL), uma região altamente heterogênea em termos de clima, ecossistemas, distribuição da população humana e tradições culturais, os relatórios do IPCC declaram que eventos extremos altamente raros desde 1992 e até agora em várias regiões da AL, com impactos negativos nas populações, têm aumentado a mortalidade e a morbidez nas áreas afetadas.

A conclusão do IPCC informa que na AL e no Caribe há várias evidências de aumentos em eventos extremos climáticos e mudança de clima, e que a freqüência de eventos extremos de clima e tempo seja bem possível de aumentar.

Em 2050, a população na AL pode chegar a ser 50% maior que em 2000, e a migração do interior de países às cidades continuará.

As previsões de mudanças devem muito provavelmente afetar severamente vários ecossistemas e setores pela:

* Diminuição da diversidade de espécies de plantas e animais, e mudança da composição de ecossistemas e distribuição de biomassa.

* Derretimento das geleiras tropicais no futuro próximo (2020-2030).

* Redução da disponibilidade de água e da geração de hidreletricidade.

* Desertificação e aridez crescentes.

* Ação severamente negativa sobre as pessoas e seus recursos e atividades econômicas em regiões litorâneas.

* Aumento de pragas e doenças em agroecossistemas.

* Mudança na distribuição de doenças humanas e emergência de novas.

Questões chaves:

Mudança climática e variabilidade

Eventos extremos têm afetado severamente a região da AL em anos recentes. Durante as últimas décadas, mudanças importantes na precipitação e aumentos de temperatura foram observados, e o aquecimento médio projetado para a AL no fim do século, de acordo com diferentes modelos de clima, varia de 1 a 4° C ou 2° a 6°.

Um aumento de temperatura em aproximadamente 1°C na América Central e na América do Sul, e de 0,5° no Brasil foi registrado. Sobre as três décadas passadas, a AL foi submetida a impactos relacionados ao clima como o aumento da ocorrência de El Niños. Dois episódios extremamente intensos do fenômeno El Niño (1982-83 e 1997-98) e outros aumentos de extremos climáticos ocorreram durante este período, contribuindo fortemente à vulnerabilidade de sistemas humanos a ocorrência de desastres naturais (inundações, secas, desmoronamentos).

A ocorrência de desastres ligados ao clima tem aumentado em 2,4 vezes entre os períodos 1970-1999 e 2000-2005, na tendência observada durante os anos 1990. Somente 19% dos eventos foram quantificados economicamente entre 2000 e 2005, representando perdas de perto de 20 bilhões de dólares. Além do clima e do tempo, os principais causadores do aumento da vulnerabilidade são as pressões demográficas, crescimentos urbanos não regulados, pobrezas e migrações rurais, investimentos baixos em infraestruturas e serviços, e problemas em coordenações inter-setoriais.

Os desmoronamentos são gerados por intensos/persistentes eventos de precipitação e tempestade. Além disso, na AL eles estão associados ao desflorestamento e a falta de planejamento da terra e de sistemas de alerta de desastres. Muitas cidades latino americanas, já vulneráveis aos desmoronamentos de lama, deverão muito possivelmente sofrer a acentuação de eventos extremos com crescentes riscos/perigos para as populações locais.

As comunidades mais pobres estão entre as mais vulneráveis aos eventos extremos, e algumas destas vulnerabilidades são causados pela sua localização no caminho de furacões (cerca de 8,4 milhões de pessoas na América Central), em terras instáveis, em assentamentos precários, em terras baixas, e em lugares afetados por inundações de rios.

Ecossistemas naturais

Florestas tropicais da AL, particularmente a da Amazônia, estão cada vez mais suscetíveis às ocorrências de fogo devido ao aumentado de secas ligados ao El Niño e às mudanças no uso da terra (desflorestamento seletivo e fragmentação da floresta).

Os manguezais localizados em áreas litorais de baixo nível são particularmente vulneráveis à elevação do nível do mar, das temperaturas médias, e freqüência e intensidade de furacões, especialmente no México, América Central e regiões continentais caribenhas.

O aumento de chuva no Sudeste-Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e em algumas partes de Bolívia tem impactos no uso de terra, no rendimentos de colheitas e no aumento da freqüência e intensidade de inundações. Por outro lado, uma tendência de queda na precipitação foi observada para o sul do Chile, sudoeste da Argentina, sul do Perú, e na América Central ocidental.

Em relação à terra, o relatório de IPCC diz que "quase três quartos da superfície terrestre deverão ser moderada ou severamente afetados por processos de degradação". Os efeitos combinados de ação humana e mudança do clima deverá resultar num declínio contínuo da cobertura natural da terra que continua a diminuir em taxas muito altas. Há evidências de que a queima de biomassa pode mudar as temperaturas regionais e as precipitações na parte sul da Amazônia. A queima de biomassa também afeta a qualidade regional de ar, com implicações na saúde humana.

Agricultura

O impacto do ENSO (Oscilação Sul do El Niño) e a variabilidade relacionada ao clima no setor agrícola foram bem documentados no IPCC (2001). Resultados mais recentes incluem altos (baixos) rendimentos de trigo durante eventos de La Niña (El Niño) em Sonora, México.

Em 1990, a área total de floresta na AL era 1.011 Mha, e foi reduzida em 46,7 Mha em dez anos (UNEP 2003a). A expansão da fronteira agrícola, o gado, corte de árvores, financiamento de projetos de grandes escala como construção de represas para a geração de energia, colheitas ilegais, construção de estradas e aumentos de mercados comerciais foram as causas principais de desflorestamento (FAO, 2001a).

As mudanças de uso de terra intensificaram o uso de recursos naturais e acentuou muitos dos processos de degradação de terra. Por volta de 2050, 50% das terras agrícolas serão muito possivemente submetidas à desertificação e salinização, afetando 17 % das terras agrícolas na AL e na zona caribenha (FAO, 2004a). Além disso, os efeitos combinados de mudança do clima e mudança do uso da terra para a produção de alimentos são relacionados a uma maior degradação de terras e uma mudança nos padrões de erosão (FAO, 11 2001b).

No entanto, algumas medidas adaptativas como mudanças no habitual uso de terra, gerenciamento sustentável, mecanismos de seguros, irrigação, adaptação genotípica e mudanças no manejo de colheitas, deverão ser implementados no setor agrícola para enfrentar a mudança do clima. A diversificação econômica também, tem sido muito empregada como uma estratégia para administrar riscos (tanto climáticos como de mercados) e mostrou um sensível aumento em anos recentes.

Vários estudos usando modelos de simulação de colheitas e cenários futuros de clima foram executados na AL para safras anuais comerciais.

De acordo com uma avaliação global, se os efeitos do CO2 não são considerados, as reduções de rendimentos de grãos podem alcançar até 30% em 2080 sob o cenário mais quente, e há possibilidades de surgir cerca de 5, 26 e 85 milhões de pessoas famintas em 2020, 2050 e 2080, respectivamente; o Relatório do Banco Mundial (2002a) atesta que alguns países em desenvolvimento devem diminuir em 4-8% seu Produto Interno Bruto (PIB) por perda de produção e de capital ligada à degradação ambiental.

A exigência de água para irrigação deverá crescer num clima mais quente, trazendo aumento de competição entre agricultura e abastecimento de água, assim como indústrias, tornando a prática agrícola mais cara. Sob condições de secas severas, as práticas agrícolas impróprias (desflorestamento, erosão, uso abusivo de agentes químicos) deteriorará a quantidade e a qualidade de águas superficiais e subterrâneas.

Reduções generalizadas de rendimentos de arroz em 2020, assim como aumentos nos rendimentos de grão de soja são possíveis quando os efeitos do CO2 são considerados. Por outro lado, o gado e produtividade de leite devem diminuir em resposta às temperaturas crescentes.

Recursos hídricos

Em termos globais, a AL é reconhecida como uma região com grandes recursos de água doce. No entanto, a distribuição espacial e temporal irregular destes recursos afeta sua disponibilidade e qualidade em regiões diferentes.

A hidroenergia é a fonte principal de eletricidade para a maioria dos países da AL, mas é muito vulnerável às anomalias persistentes de larga escala das chuvas. Uma combinação de crescente demanda de energia e secas causaram um virtual colapso de hidrelectricidade na maioria do Brasil em 2001, o que contribuiu para uma redução do PIB em 1,5%.

Quase 13,9% da população na AL não tem nenhum acesso a abastecimento de água tratada, e 63% vive em áreas rurais (IDB, 2004). Muitas comunidades rurais contam com recursos limitados de água doce (superficial ou subterrânea) e muitos contam com água de chuva, usando métodos agrícolas que são muito vulneráveis às secas (IDB, 2004)

As vulnerabilidades atualmente observadas em muitas regiões de países da AL deverão aumentar pelo efeito negativo em conjunto de demandas crescentes devido a taxa de crescimento da população que necessita de abastecimento de água e irrigação de lavouras, e as condições esperadas de seca em muitas bacias hidrográficas. Portanto, levando em conta o número de pessoas que devem experienciar tensões sociais devido a queda da disponibilidade de água, há ainda um saldo positivo nos números de pessoas que deverão sofrer ainda mais com a falta de água.

A tendência de redução de geleiras informado no IPCC (2001) está se acentuando, atingindo níveis críticos na Bolívia, Perú, Colômbia e Equador. Estudos recentes indicam que a maioria das geleiras sul americanas da Colômbia ao Chile e da Argentina (até 25ºS) reduzem drasticamente seu volume em ritmo acelerado. As mudanças na temperatura e umidade são as causas primárias para a redução observada nas geleiras durante a metade do século XX nos Andes tropical. Para os próximos 15 anos, as geleiras inter-tropicais deverão muito provavelmente desaparecer, afetando a disponibilidade de água e a geração de hidreletricidade.

A falta de estratégias de adaptação na AL para enfrentar os perigos e riscos de inundações e secas é devido ao baixo PIB, a crescente população localizada em áreas vulneráveis (inundação, desmoronamento, seca) e a falta de estrutura tecnológica (fracamente desenvolvida), institucional e política. Não obstante, algumas comunidades e cidades organizaram-se, tornando-se mais ativas em relação à prevenção de desastres.

O crescimento urbano acelerado, o aumento da pobreza e o baixo investimento em abastecimento contribuirá para 1) a falta de água em muitas cidades, 2) níveis altos de população urbana sem acesso a serviços de saneamento, 3) ausência de estações de tratamento, que contribui para a poluição de águas subterrâneas, 4) falta de sistemas urbanos de drenagem, que retém esgotos usados em tratamento do lixo doméstico, e 5) ocupação da planície de inundação sem controle durante estações de seca, e fortes impactos durante estações de inundação.

Por volta de 2020 o aumento do saldo líquido do número de pessoas experimentando tensão social por falta de água devido a mudança do clima pode chegar entre 7 e 77 milhões. Para a segunda metade do século, estes números podem alcançar entre 60 e 150 milhões.

Litorais

O aumento esperado na elevação do nível do mar, a mudança de tempo e clima extremos devem afetar as áreas litorais. Durante os últimos 10-20 anos, a taxa de elevação do nível do mar aumentou de 1 a 2-3 mm/ano no sudeste da América do Sul. Em particular, a elevação do nível do mar deve afetar os recifes de corais do México, Belize e Panamá, e a situação de estoques de peixe no sudeste do Pacífico (litoral do Perú e Chile).

Litorais de vários países da AL (ou seja, parte de Argentina, Brasil, Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana, México, Panamá, El Salvador, Uruguai, Venezuela) e grandes cidades (Buenos Aires, Rio de Janeiro, Recife, etc.) estão entre os mais vulneráveis a mudança do clima e aos eventos hidro-meteorológicos extremos tal como chuva, tempestades e ciclones tropicais e subtropicais (furacões). A elevação do nível do mar (dentro do intervalo 10-20 cm/século) não é um problema principal ainda (apesar de que esse intervalo possa ser muito maior), e há evidências de aceleração da taxa de elevação do nível do mar (até 2-3 mm/ano) sobre a década passada que sugere um aumento na vulnerabilidade de litorais, já submetidos a tempestades crescentes.

Adaptação

Vários países da AL desenvolveram medidas autônomas e planejadas de adaptação em resposta aos impactos atuais de mudança do clima em seus litorais. A maioria deles (i.e., Argentina, Colômbia, Costa Rica, Uruguai e Venezuela) focalizam sua adaptação na gerência integrada do litoral. O projeto ‘Planejando o Caribe para Adaptação a Mudança do Clima Global’ promove ações para avaliar a vulnerabilidade (especialmente concernente ao crescimento do nível do mar), e planos para adaptação e desenvolvimento de soluções apropriadas (CATHALAC, 2003). Desde 2000, alguns países têm melhorado a estrutura legal em questões relacionadas para estabelecer restrições de poluição do ar e para a regulamentação integrada do litoral e do mar.

Em Belize e na Guiana, a implementação de planejamento do uso da terra e imposto fortalece normas de infraestrutura, para um plano de gestão da zona litorâneas, para o ajuste de códigos de edifificações e melhores estratégias de mitigação de desastres (incluindo inundações e outros perigos) associados com considerações de mudança do clima na gestão cotidiana de todos os setores.

Impactos significativos da projetada mudança do clima e elevação de nível do mar são esperados para 2050-2080 nas áreas litorâneas da AL. A maioria da população, atividades econômicas e infraestrutura localizam-se próximo ao nível do mar e devem muito provavelmente sofrer inundação e erosão com altos impactos sobre as pessoas, recursos e atividades econômicas.

Quanto a turismo no litoral, os países mais impactados devem ser aqueles em que essa atividade seja significativa no PIB, onde o equilíbrio de pagamento e emprego é relativamente alto, e são ameaçados por tempestades e pela elevação do nível do mar, tais como o litoral caribenho da América Central e as praias da América do Sul e do Uruguai. Assim, a mudança do clima deve ser um desafio importante para todas nações da AL com litorais.

Saúde humana

Com o El Niño (seca/quente) há um risco de malária epidêmica em regiões litorâneas da Colômbia e Venezuela. As secas favorecem o desenvolvimento de epidemias na Colômbia e Guiana, enquanto a inundação gera epidemias na região litoral no norte do Perú. Variações anuais em febre hemorrágica de dengue em Honduras e na Nicarágua devem ser relacionadas às flutuações do clima (temperatura, umidade, radiação solar e chuva). Em algumas áreas litorâneas do Golfo do México, um aumento de temperatura de superfície de mar (SST), temperatura mínima e precipitação foi associada com um aumento de ciclos de transmissão de dengue.

As avaliações regionais de impactos sobre a saúde devido a mudança do clima nas Américas mostram que os interesses principais são o estresse ao calor, malária, dengue, cólera e outras doenças ligadas a água. A malária continua a apresentar um risco sério de saúde na AL, onde 262 milhões de pessoas (31% da população) vivem em regiões subtropicais e tropicais com algum risco potencial de transmissão.

A mudança de clima deve aumentar o risco de incêndios florestais. Em alguns países, fogos naturais e incêndios intencionais de florestas foram associados com o aumento de visitas de pacientes com doenças respiratórias e risco de aumento de problemas de respiração.

Perdas altamente raras de ozônio e aumentos de radiação UV-B que ocorreram em áreas de Punta Arenas (Chile) nas duas décadas passadas resultaram numa repetida exposição da população a um espectro solar alterado de UV capaz de produzir eritrema e fotocarcinogênese.

Biodiversidade

Sob a mudança futura do clima, há um risco de extinções significativas de espécies em muitas áreas de AL tropical. Desde 1980, aproximadamente 20% dos manguezais do mundo desapareceram (FAO, 2006) afetando a pesca. Nos recifes de corais da América Central há até 25 vezes mais peixe de algumas espécies em recifes próximos a áreas de mangue que em áreas onde os mangues já foram destruídos.

Corredores ecológicos entre áreas protegidas foram planejados para a manutenção da biodiversidade em ecossistemas naturais. Alguns destes, tal como o Corredor Biológico da América Central, foi implementado servindo também como medidas de adaptação.

Os esforços de conservação também deveriam ser dedicados à implementação de corredores de proteção contendo mangues, bancos de plantas marinhas, e recifes de corais que mantém a abundância de peixe em recifes, beneficiando comunidades de pesca de local, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Outras práticas positivas na região são orientadas a manter e restaurar ecossistemas nativos, protegendo e aumentando os serviços (ecológicos) dos ecossistemas, como a captura de carbono no Projeto de Ação do Clima do Mercado de Noel Kempff na Bolivia. A conservação da biodiversidade e a manutenção de estrutura e função de ecossistemas são importantes para estratégias de adaptação de mudança do clima devido à proteção de populações geneticamente diversas e ecossistemas ricos em espécies; um exemplo é a iniciativa de implementar medidas de adaptação em regiões altas de montanha na Colômbia e em outros países dos Andes. Uma nova opção de promover a conservação de florestas montanhosas consiste em compensar proprietários de florestas pelos seus serviços ao ambiente. A compensação é freqüentemente financiada por cobrar um preço pequeno sobre o uso das águas que foram originadas nas florestas. Tais esquemas estão sendo implementado em vários países de AL e foram testados na Costa Rica.

Cenários

Os cenários derivados de modelos do clima global (GCMs) são comumente olhados em escala detalhada usando abordagens estatísticas ou dinâmicas para gerar cenários regionais ou locais.

Os cenários de escala detalhada podem revelar fenômenos de menor escala associados com características topográficas ou sistemas meteorológicos e mudanças no uso da terra, mas, em geral, a incerteza associada aos diferentes GCMs é muito dominante nos cenários de escala detalhada. Estudos bem atuais de mudança do clima, no entanto, indicam que a freqüência na ocorrência de eventos extremos aumentará no futuro.

Medidas urgentes devem ser tomadas para ajudar em considerações sociais e do ambiente nas margens das estratégias de desenvolvimento, e esforços multidisciplinares importantes de pesquisa são exigidos para reduzir as lacunas de informação necessária para a formulação de decisão.

Se preparar para os desafios a essa mudança do clima impõe a região prioridades de pesquisa para resolver as limitações já identificadas e encarar a variabilidade atual de clima e as tendências, tal como: falta de consciência, de sistemas de observação confiáveis bem distribuídos, de sistemas de monitoramento adequados e capacidades técnicas, de investimentos e créditos para o desenvolvimento de uma infraestrutura em áreas rurais, de avaliações integradas, principalmente entre setores com estudos limitados sobre os impactos econômicos da presente e futura mudança do clima, e de estudos específicos dos impactos de mudança do clima nas sociedades, incluindo a falta de prioridades claras no tratamento de temas para a região como um todo.

Além do mais, outras prioridades considerando a mudança do clima são reduzir as incertezas em projeções futuras e avaliar os impactos de diferentes opções de políticas para reduzir a vulnerabilidade ou aumentar a capacidade de adaptação. Nós também devemos mudar a atitude de planejar para uma de implementação de sistemas eficientes de observação e alerta. Uma mudança necessária deverá ser migrar de uma cultura de resposta para uma cultura de prevenção.

Nota: Esta matéria foi adaptada de uma notícia emitida pelo Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas. Este documento foi traduzido e adaptado do ScienceDaily.

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