Entender a resposta da temperatura superficial média global a mudanças na concentração de dióxido de carbono é fundamental para interpretar mudanças no clima passado, e para predizer tendências futuras. A maior parte das estimativas do aumento da temperatura resultante da duplicação do CO2 atmosférico, a chamada ‘sensibilidade climática’, são baseadas em registros que cobrem no máximo até os últimos milênios, e portanto possuem uma aplicabilidade restrita sob diferentes condições climáticas.
Dana L. Royer e colaboradores das universidades Wesleyan e Yale (EUA) utilizam, em artigo publicado na revista Nature de 29 de março de 2007, uma nova abordagem que envolve a modelagem das concentrações de dióxido de carbono e a comparação das simulações realizadas com dados de diferentes origens, para estimar a sensibilidade climática em escalas de tempo longas. Os resultados indicam que a sensibilidade climática era quase com certeza superior a 1.5 °C. Este é um resultado consistente com estimativas anteriores baseadas em registros muito mais recentes, sugerindo tratar-se de uma característica robusta do sistema climático da Terra nos últimos 420 milhões de anos.
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