Pesquisa publicada on-line na prestigiosa revista Proceedings of the National Academy of Sciences (13 de março de 2007) revela que o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera pode transformar os solos de um sumidouro a uma fonte potencial de carbono ao estimular comunidades de micróbios a liberar, e não acumular, CO2.
Estudos anteriores indicavam que níveis maiores de dióxido de carbono estimulavam o crescimento das plantas e, consequentemente, o seqüestro de carbono na forma de biomassa. Neste processo, o solo atuaria como repositório do excesso de carbono capturado pela vegetação. No entanto, este novo estudo, liderado por Patrick Megonigal, do Smithsonian Environmental Research Center (EUA), revela que, a despeito do crescimento das plantas, uma concentração duas vezes maior de dióxido de carbono em um ecossistema causa na realidade uma redução na acumulação de carbono nos solos.
Isto acontece porque níveis elevados de CO2 estimulam a atividade microbiana no solo, o que aumenta a decomposição de matéria orgânica e a liberação de dióxido de carbono. Os cientistas estudaram durante seis anos um tipo de floresta de carvalho na Flórida (EUA). Ao final do estudo eles observaram que solos expostos a níveis elevados de CO2 continham mais fungos e uma maior atividade de uma enzima responsável pela degradação do carbono.
Esta pesquisa evidencia a necessidade de se conhecer melhor a ação dos microorganismos presentes no solo, e de como eles respondem ao aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e às mudanças climáticas.
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